terça-feira, 29 de julho de 2008

MEDO - Nº 1

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Medo de sentir tua falta.
De descobrir que realmente
tua ausência me incomoda.
Medo de te perder em minha memória,
de não ser mais capaz de sentir teu cheiro
tua respiração, teu beijo.
Medo de te encontrar e novamente me perder.
Na verdade, o que realmente tenho medo,
é de descobrir que já estou apaixonada.




Até!
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domingo, 8 de junho de 2008

MOMENTO

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Cético, amável, risonho e louco
Somos diferentes
Gargalhamos juntos
Sentados no chão
Naquele momento
Fomos felizes
Simplesmente pelo fato
de sermos amigos.





Até!
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quinta-feira, 15 de maio de 2008

HARMONIA PERFEITA

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Bom poder parar e ver
Tudo que a vida deu de bom pra mim
Cada compasso de alegre melodia
Que escrevemos juntos
A rir e a chorar
De mãos dadas e pensamento
Em cada nota um amigo
No acorde, um momento
No fim a harmonia perfeita
Da nossa amizade, a canção.







Até
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terça-feira, 6 de maio de 2008

SEM SABER

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Sentimento transborda
De mim
Amor
Alegria de ter você
Comigo, aqui
Mesmo que não saibas
Que não possa ter tua presença
Sinta o bem que te quero
E siga teu destino








Até!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

MINHA HISTÓRIA

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Estava caminhando sozinha, no meu rumo de sempre,
Baseada nos meus princípios, sonhos e ideais
Até que nos encontramos naquela estrada comum.
Viramos aliados nessa aventura,
Partilhamos a nossa felicidade,
Juntamos nossos sonhos e ideais
Para fazer do eu sozinho
Eu, você e nós...
Três diferentes histórias.
E hoje, aqui sentada nesta cadeira de balanço,
Posso olhar pra traz e dizer com toda certeza
Que estava no caminho certo
Que sem você minha vida teria sido um grande erro
E que compartilhar sonhos e projetos contigo
Fez da minha vida uma aventura fantástica.













Bom estar de volta!
Até!

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

SABEREI

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Será que estou preparada?
Sei que não
A vida faz questão de me mostrar
E eu, de me enganar
Vim aqui para isso
Ser, viver, sentir
Amar, sofrer
E quando chegar a hora
O que irei fazer será
Mudar










Até.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

ACOMPANHANTE

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Observo
Cuidado
Conto o tempo que as gotas levam pra cair
Com atenção na respiração
Vigilante,
Atenta na vida que me gerou
Queria poder um dia
Retribuir o bem que me deu
Além do sopro da vida
Os ensinamentos e princípios
Que da minha maneira usufruo
Lamento somente
Por muitas vezes sentir
Que de tanto nos amar
Sacrificou suas alegrias
E hoje vive na ilusão
Do escuro e sombrio vazio
Que com esforço tento
Com a luz que me deste
Iluminar pra ti o que pra mim é claro
Que és uma fonte inesgotável
De doçura, felicidade e amor.










Até.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Medo de se apaixonar

Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.

Fabricio Carpinejar







Fabrício Carpinejar é poeta, jornalista e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Nasceu em Caxias do Sul (RS) aos 23 de outubro de 1972. É autor dos livros "As Solas do Sol", publicado em 1998 pela Bertrand Brasil, "Um Terno de Pássaros ao Sul", publicado pela Escrituras Editora, em 2000, reconhecido pela Enciclopédia Britannica como um dos destaques da literatura brasileira em 2001, e "Terceira Sede", pela Escrituras, em 2001.
Seu nome vem sendo saudado como uma das revelações da poesia brasileira por escritores como Antonio Skármeta, Ivo Barroso, Fernando Monteiro, Antonio Carlos Secchin, Carlos Heitor Cony, entre outros.

Para conhecer mais...
http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br/
http://www.carpinejar.com.br/









Até.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

APENAS PALAVRAS

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Escrevo
Confissão de minha alma
Sinto-me patética
O que importa?
A quem importa?
Completamente nua
Explícito Eu
Mas sei que
Na poesia como na vida
Me verão como querem
E não como sou











Até.

terça-feira, 31 de julho de 2007

LEVE

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Algo daqui leva de bom
Leve sentimento
Sinta
Flui
Energia que alimenta o ser
Purifica
Mente leve
Para mim
Amor














Até!