SABEREI
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Será que estou preparada?
Sei que não
A vida faz questão de me mostrar
E eu, de me enganar
Vim aqui para isso
Ser, viver, sentir
Amar, sofrer
E quando chegar a hora
O que irei fazer será
Mudar
Até.
.
Será que estou preparada?
Sei que não
A vida faz questão de me mostrar
E eu, de me enganar
Vim aqui para isso
Ser, viver, sentir
Amar, sofrer
E quando chegar a hora
O que irei fazer será
Mudar
Até.
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Priscilla
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05:44
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Observo
Cuidado
Conto o tempo que as gotas levam pra cair
Com atenção na respiração
Vigilante,
Atenta na vida que me gerou
Queria poder um dia
Retribuir o bem que me deu
Além do sopro da vida
Os ensinamentos e princípios
Que da minha maneira usufruo
Lamento somente
Por muitas vezes sentir
Que de tanto nos amar
Sacrificou suas alegrias
E hoje vive na ilusão
Do escuro e sombrio vazio
Que com esforço tento
Com a luz que me deste
Iluminar pra ti o que pra mim é claro
Que és uma fonte inesgotável
De doçura, felicidade e amor.
Até.
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Priscilla
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09:39
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Priscilla
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09:26
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Escrevo
Confissão de minha alma
Sinto-me patética
O que importa?
A quem importa?
Completamente nua
Explícito Eu
Mas sei que
Na poesia como na vida
Me verão como querem
E não como sou
Até.
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Priscilla
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05:18
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Algo daqui leva de bom
Leve sentimento
Sinta
Flui
Energia que alimenta o ser
Purifica
Mente leve
Para mim
Amor
Até!
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Priscilla
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07:24
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As gotas da chuva que batem na janela
Tentam minha atenção
Mas sabem que é em vão,
Pois meus pensamentos estão muito além
Além de onde elas possam chegar
Ao contrário de ti
Que está lá, além
Dentro de mim
Tocando com cuidado
Tentando transformar em melodia
As notas que juntos escrevemos.
Até.
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Priscilla
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10:55
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Às vezes sinto medo do que quero
Quando percebo que aquilo que desejava
Acontece, aparece, é.
Quando pequena,
Queria que moça pudesse morar só
Compartilhar de momentos comigo
E também com boas pessoas
Cá estou.
Depois deste, desejei muitas coisas
Um bom emprego,
Pra podes pagar as contas, claro.
Puft!
Cobicei muitas vezes coisas
Que não teria coragem de contar a ninguém,
Mas confesso que consegui.
Coisas que pensava jamais ser capaz de conquistar
E pimba, lá estava.
E isso tudo sem pretensão,
Aqueles desejos que passam pela sua cabeça
E logo em seguida vem a consciência e diz
“Acorda minha filha” e você volta à realidade.
E já esta acontecendo novamente.
Mas juro,
Não tenho nada haver com a morte do ACM.
Até!
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Priscilla
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13:34
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Olá, a quem está aqui lendo isso...
Hoje vou postar uma música do Rodrigo Amarante, que li ontem no Sarau Benedito, primeiro Sarau Temático, Poetas da Música...
Pra quem não conhece, Rodrigo Amarante é integrante da Banda Los Hermanos, tanto ele quanto Marcelo Camelo, na minha opinião com relação aos novos compositores tem se revelado grandiosos, jovens com percepção da verdade dos sentimentos e relações e que conseguem transmitir isso de uma forma belissima atraves de suas letras, sem vergonha de demonstrar o que sentem e pensam. Lindo!
Pena que eles estejam dando "um tempo" para se dedicar em suas áreas especificas, nos prometendo voltar... esperamos que sim...
Bem, ai vai...
Condicional
Los Hermanos
Composição: Rodrigo Amarante
Quis nunca te perder
Tanto que demais
Via em tudo céu
Fiz de tudo cais
Dei-te pra ancorar
Doces deletérios
E quis ter os pés no chão
Tanto eu abri mão
Que hoje eu entendi
Sonho não se dá
É botão de flor
O sabor de fel
É de cortar
Eu sei é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim
Do que eu preciso é lembrar me ver
Antes de te ter e de ser teu, muito bem
Quis nunca te ganhar
Tanto que forjei
Asas nos teus pés
Ondas pra levar
Deixo desvendar
Todos os mistérios
Sei, tanto te soltei
Que você me quis
Em todo o lugar
Li em cada olhar
Quanta intenção
Eu vivia preso
Eu sei é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim
Do que eu preciso é lembrar, me ver
Antes de te ter e de ser teu
O que eu queria, o que eu fazia, o que mais?
E alguma coisa a gente tem que amar
Mas o que, não sei mais
Os dias que eu me vejo só são dias
Que eu me encontro mais e mesmo assim
Eu sei também existe alguém pra me libertar
É isso ai...
Tudibom pra vcs e...
Até!
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Priscilla
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06:08
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Priscilla
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11:23
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Gente... influenciada sibernéticamente, cometi um erro e venho agora corrigi-lo...
O texto EU SEI MAS NAO DEVIA, é de autoria de MARINA COLOSANTI, e não de Clarisse Lispector conforme havia postado anteriormente... (eu e mais a metade da torcida do Flamengo)... hehe
Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.
O texto EU SEI MAS NÃO DEVIA foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.
Bem, agora de conciência limpa com a autora deste maravilhoso texto...
Me despeço!
Até!
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Priscilla
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05:16
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Cântico Negro
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou.
- Sei que não vou por aí!
José Régio
Achei maravilhoso... tem haver inclusive sobre o que escrevi ontem...
Muitos tentam nos convencer a seguir o caminho comum... Mas eu... vou por onde meus próprios passos me levarem... Não sei onde... talves não saiba como... mas sei dos princípios que tenho... me basta! Não vou por ai...
José Régio é o pseudônimo do poeta português José Maria dos Reis Pereira (1901-1969). Lincenciado em Letras em Coimbra. Romancista, dramaturgo, ensaísta, crítico e poeta. Escrevia sobre os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.
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Priscilla
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06:47
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Daqui,
Vejo a fria realidade que toma conta
E que tenta a cada dia me sugar
Para viver no mundo dos sentimentos superficiais,
Conceitos fáceis, coisas simples,
Que fazem com que a vida perca o brilho e
Importância que realmente tem
Feliz daquele que consegue viver na beleza da poesia.
.
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Priscilla
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06:35
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Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostumaa acender cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã
sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduiche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e
ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso
de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
Agente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos,para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que gasta de tanto se acostumar, e se perde de si mesma.
Clarice Lispector
Como diria um amigo meu... "Isso foi um soco na boca do estômago!" (que violência...)
Dica de leitura de muitos amigos(as)... a todos!
Até
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Priscilla
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12:43
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Priscilla
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04:49
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Priscilla
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12:24
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